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1970

1971

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António Vidigal

António Vidigal

n.1936 em Safara, Moura, vive e trabalha em Lisboa

Ateliê 47, desde 1972


Formação

1959-1963 | Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, Curso Geral de Escultura
1967-1968 | Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, Curso Completar de Escultura

Sobre o artista

António Vidigal foi professor e investigador desenvolvendo, paralelamente, a sua atividade de escultor. O seu percurso académico teve início na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) como Assistente convidado (1973), onde se aposentou, em 2007, como Professor Catedrático da Faculdade de Belas Artes. 

Nas Caldas da Rainha esteve ligado desde o início ao projeto da Escola Superior de Artes e Design, da qual foi presidente da sua primeira Comissão Instaladora no início dos anos 90. Na mesma cidade colaborou ativamente nas atividades do Ateliê-Museu António Duarte, seu antigo Mestre, tendo sido o proponente da realização das Bienais de Escultura e dos Simpósios de Escultura em Pedra (SIMPETRA). Foi eleito Académico Correspondente Nacional (1992) e, mais tarde, Académico Efetivo (2004) da Academia Nacional de Belas Artes.

Criado em Safara, no Alentejo, numa família de agricultores, desde cedo revelou uma atração inata pelo retrato, desenhando desde criança alguns retratos e autorretratos. Ao entrar para a ESBAL continuou a trabalhar em torno deste tema, agora tridimensionalmente, aprofundando questões de forma, volume, postura e expressão, realizando os seus retratos a partir da memória que tem do retratado, uma vez que prefere que este esteja ausente. 

Ao longo do seu percurso artístico, António Vidigal desenvolveu diversas investigações relacionadas com os processos de atuação sobre os materiais tradicionais utilizados na escultura, o que é indissociável do seu fascínio pela matéria. Esta pesquisa leva-o a encontrar processos alternativos aos até então utilizados nos trabalhos em madeira (estudo dos processos de estereotomia), em pedra (centrou-se na invenção de pantógrafos que permitissem a reprodução e aumento da escala das mesmas) e na fundição de bronze (processos de moldes para fundição a partir do original em barro). 

As suas obras, com um claro sentido figurativo, através da depuração formal, alcançam, por vezes, a abstração. Esta vertente é evidenciada na sua pesquisa plástica em torno do corpo feminino e no modo como, a partir deste, trabalha o volume e o movimento no seu todo ou em fragmentos, como um torso em equilíbrio ou em contorção.

Autor de medalhas comemorativas, o escultor António Vidigal tem diversos monumentos e esculturas colocadas em várias localidades do país e em Angola.

Membro efetivo da Academia Nacional de Belas Artes, foi distinguido com diversos prémios, o primeiro dos quais em 1962. 

Realizou várias exposições individuais e participou pela primeira vez numa exposição coletiva em 1962. Em 1986 integrou a exposição “Artistas dos Coruchéus” realizada na Galeria do Palácio dos Coruchéus. Está representado em várias coleções públicas e privadas no país e no estrangeiro.

 

À CONVERSA COM O ARTISTA